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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Entrevista: Nirvana

O vocalista do Nirvana, Kurt Donald  Cobain
No ano de 1991 um dos maiores álbuns de rock de todos os tempos estava sendo lançado, Nevermind, porém diferentemente das demais bandas com músicas histórias que já tinham no mínimo uma condição estável, não era assim para Kurt, Krist e Dave. Para se ter uma ideia os integrantes do Nirvana dormiam no banco de trás de um autocarro um mês antes de Nevermind ser lançado. A entrevista que se passa a seguir foi feita dentro deste.



Autocarro do Nirvana, indo de Cork para Dublin: 21 de Agosto de 1991


Os fundamentalistas punks já estão a afiar as facas para quando Nevermind for lançado, independentemente de como ele venha a ser. Como fundamentalista punk, o que acham disso ?


Kurt: Acho que é uma ótima mistura de porcaria que vai passar na rádio e que, ao mesmo tempo, vai lembrar a sonoridade do nosso album Bleach (1989), e o nosso som ao vivo. Em todas as entrevistas que temos dado ultimamente dizemos que o nosso álbum terá canções mais pop, então não será surpresa nenhuma quando ouvirem.


Então aparentemente não vê o termo "Canção Pop" como uma desonra ?


Kurt: Claro que não. Todas as minhas canções favoritas são pop. Os Butthole Surfers tem canções pop. Só quer dizer simples - e é isso que o punk rock sempre foi, até se transformar em hardcore.
Krist: Como o disco dos Sex Pistols: todas aquelas canções são pop. È um grande disco. Os Clash também eram pop. 
Kurt: Acho que o melhor álbum dos clash é o Combat Rock. Adoro aquele disco. È melhor que o Sandinista!


Krist: Vá lá, faça-nos perguntas sobre as cancões do nosso fantástico novo álbum! (Nevermind, Claro)


Certo. Contem-nos tudo sobre a "Territorial Pissings".


Kurt: Não tenho qualquer explicação para essa canção. A maior parte das vezes escrevo uma canção e quando alguém me faz perguntas sobre ela invento uma explicação na hora, porque a maior parte das vezes escrevo as letras no estúdio e não faço a mínima ideia do que estou a falar.


Bravo! E quanto a "Smells Like Teen Spirit" ?


Kurt: Bem é sobre: "Joga fora a fruta e come a casca toda"..
Krist: Uau! Também vejo isso.
Kurt: Já não é tabu para os tatuados agarrarem na sua solidariedade geracional e enfiá-la no rabo dos pais. Pais que são os desgraçados dos fãs dos Bryds e dos Herman's  Hermits.
Krist: Isso foi lindo.
Kurt: è sobre fazer-se passar pelo inimigo para infiltrar a mecânica do sistema,  começando lentamente e miná-lo por dentro. È um trabalho interno, começa com os guardas e com as cheerleaders.
Krist: Essa é boa. È sobre isso que a canção também fala.
Kurt: Ou não (sorri).


Para você, o que é mais importante na banda ?


Kurt: As nossas canções. Fazem-nos felizes Quer dizer, eu conseguia viver com ou sem qualquer coisa. Desenvolvi defesas suficientes para saber lidar com qualquer coisa. Portando, se acabássemos amanhã, ficaria muito triste, mas .. começava outra banda, fazia outra coisa. Todos nós temos amigos.


As pessoas levam o rock n' roll demasiado a sério ?


 Kurt: Sim, as pessoas tem demasiadas expectativas em relação ao rock. Esperam que seja usado como ferramenta política, quando não deveria ser mais do que ruído de fundo.


Quer dizer que nunca lhe atribuiu assim tanta importância ?


Kurt: A música mudou completamente a minha vida. O punk rock me tornou mais consciente das coisas. Lembrou-me finalmente de que sempre tive uma identidade. Por isso é uma coisa tão importante . Mas o que se passa é que as pessoas exageram (risos).


Consegue imaginar o que teria feito se a música lhe tivesse passado ao lado ?


Kurt: Seria uma pessoa mais depressiva. Teria feito alguma coisa. Não tinha acabado numa garagem a consertar carros, disso tenho certeza. (Pausa)


Kurt: Perguntei a minha irmã que tem quatro anos "Qual é o maior problema do mundo Brianne?" e ela respondeu: "As pessoas tem que se concentrar mais". Foi incrível! Ela vai crescer e ser alguém grande.. e não vai ser presidente (risos). Acho que negar o monstro corporativo é uma perda de tempo. Devíamos usá-lo, violá-lo como ele viola a nós.


Excelente, um mundo cheio de violadores..


Kurt: Pelo menos lutas. Não acredito em encerrar opções para fazer com que o nosso proprio mundo pareça mais importante. Acho que "empatia" é uma palavra muito bonita §




Bom é isso ae galera, primeira entrevista aqui desse novo tipo de post, sempre que ler "Entrevista" no título do post, saiba que é inédita .


Fonte: Revista Blitz

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